domingo, 15 de janeiro de 2012

FUNCIONÁRIA DA EBAL É DESACATADA POR CLIENTE

Neste domingo, dia 15/01, uma funcionária da Empresa Baiana de Alimentos - EBAL foi desacatada por uma cliente por volta das 11 da manhã em pleno expediente, na Loja da Cesta do Povo de Ipiaú-BA.

A cliente depois de ver sua reclamação atendida - um frango que outro cliente pegou das compras da mesma -, não se contentou e começou a xingar (“burra”, “idiota”, etc.) e a ameaçar (“se eu não conseguisse o frango e ia te dar uma surra lá fora”) a trabalhadora.

Tal fato é mais um ato de desrespeito aos funcionários públicos da sociedade de economia mista do Estado da Bahia que tem um faturamento de quase meio bilhão de reais por ano.

Não é demais lembrar que desacato a funcionário público é crime, conforme prevê o Código Penal Brasileiro em seu artigo 331: “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa”.

Como bem conceituou o Príncipe dos Penalistas Brasileiros, Nélson Hungria, "a ofensa constitutiva do desacato é qualquer palavra ou ato que redunde em vexame, humilhação, desprestígio ou irreverência ao funcionário. É a grosseira falta de acatamento, podendo consistir em palavras injuriosas, difamatórias ou caluniosas, vias de fato, agressão física, ameaças, gestos obscenos, gritos agudos etc."


Por fim, fica aqui o convite à população para que reflita sobre atitudes que ferem a dignidade da pessoa humana. E uma reivindicação para que a EBAL tome atitudes enérgicas para impedir que seus funcionários públicos sejam vítimas dessas violências em seu ambiente de trabalho e que façam a queixa-crime contra os agressores.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

“Trote Solidário”

“Não há longa noite que não encontre o dia”
William Shakespeare

O trote estudantil, que acontece há séculos em faculdades e universidades, é marcado por uma série de ações para comemorar o ingresso dos novos estudantes ao ensino superior, realizado pelos estudantes mais antigos nos recém-chegados.

Porém, nos últimos anos, emergiu uma nova alternativa de trote, o “Trote Solidário”, baseado em atividades assistencialistas, organizadas geralmente pelos centros acadêmicos, e que envolvem a coleta de alimentos não-perecíveis e roupas, doados posteriormente para creches, asilos e orfanatos, bem como campanhas de doação de sangue para hospitais e centros de saúde.

Por fim, queremos participar do trote, mas não do trote tradicional, com a utilização de tinta, ovo podre, farinha de trigo, óleo de soja e outras substâncias. Convocamos estudantes, professores, funcionários, Colegiados, Diretórios Acadêmicos, Direção do Campus XV, para construírmos o “Trote Solidário”.

Coletivo Pró-Trote Solidário

sábado, 9 de outubro de 2010

Dia Mundial contra a pena de morte

"O Direito Penal é a anatomia política do Estado". (Michel Foucault)

Amanhã é o Dia Mundial contra a pena de morte, uma instituição que contraria a dignidade da pessoa humana.

Porém, mesmo na era da "democracia", a maior nação do mundo continua aplicando essa famigerada pena.

Será que isso é uma forma de provar os limites do direito burguês na efetivação dos direitos humano?

domingo, 27 de setembro de 2009

Greve e Sindicato: Dar um passo

Diante do fato que um sindicato forte significará no futuro uma forte greve, partimos para a seguinte questão: qual o primeiro passo?

Penso que poderíamos começar com um amplo processo de conscientização operária/sindical.

Exigir que os setores de formação de todos os sindicatos funcionem, com cursos, materias para leitura, etc.

Várias perguntas fundamentais vão ser respondidas:

1. Quantos trabalhadores sindicalizados e não-sindicalizados têm nos Correios, isso distinguindo por cada um dos 35 sindicatos filiados a Fentect?

2. Qual a história do movimento operário/sindical nos Correios?

3. Os 35 sindicatos através de suas direções, estabelecem uma política de comunicação diária com os trabalhadores sindicalizados e não-sindicalizados dos Correios, com propósito de garantir a participação democrática de todos os trabalhadores na construção do movimento operário/sindical?

4. Existe uma Biblioteca especializada em movimento operário/sindical em cada um dos 35 sindicatos?

5. Qual a receita da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) de forma detalhada e como ela é distribuída?

6. Quem elaboca e como, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho?

7. Quais os direitos conquistados pelos trabalhadores previstos na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)?

8. Como o trabalhador deve agir diante da opressão de um Chefe da ECT?

9. Se a direção de cada um dos 35 sindicatos não lutar efetivamente pela construção do movimento operário/sindical, que penalidade vai sofrer?

10. A direção da Fentect e dos 35 sindicatos têm um Documento Sobre os Assaltos às Agências de Correios, que oriente os trabalhadores vítimas dos assaltantes?

11. O que é uma Central Sindical e quais as centrais sindicais existentes hoje no País?

Se a direção da Fentect e dos 35 sindicatos não começarem a atuar nesse caminho, estará contribuindo para a continuidade da ignorância, da opressão, da traição, da exploração.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sindicato e Greve: uma construção possível

Quando existe a possibilidade dos trabalhadores entrarem em Greve, surge a pergunta: até que ponto o conjunto da categoria está disposto a aderir à Greve?

Porém, sabemos que a Greve é uma consequência de um movimento operário/sindical mais amplo. Este movimento é construído diariamente pelos trabalhadores e trabalhadoras.

Quanto mais forte for o Sindicato mais forte será a Greve.

Mas o que vemos é um Sindicato muito frágil, reduzido a uns poucos em sua Direção.

Falta uma política de comunicação para promover a participação democrática de todos os trabalhadores e trabalhadoras na construção do movimento sindical. Em parte, a ausência de comunicação se deve a uma Direção sindical despreparada e/ou astuta/traidora.

O desafio de construir o movimento operário/sindical sempre estará na ordem do dia, enquanto ainda existir a exploração e a opressão capitalista.

Trabalhadores e Trabalhadoras, uní-vos!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os Atendentes dos Correios e a Greve

Historicamente, os carteiros representam a maioria esmagadora dos trabalhadores dos Correios que entram em Greve. Isso, se deve em parte à sobrecarga de trabalho que os carteiros são submetidos, forçando-os a tomar a dianteira no movimento grevista.

No entanto, com a instalação do Banco Postal, contrato celebrado entre a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e o Bradesco, os atendentes veem suas cargas de trabalho e problemas triplicarem, desde as gigantescas filas até as terríveis diferenças de caixa.

Diante dessa nova realidade, muitos atendentes começaram a se sindicalizar, e consequentemente, participar das Greves.

Mas a grande maioria dos atendentes ainda não despertaram para a necessidade de atuar no movimento sindical e participar das greves.

Que este despertar de consciência não tarde a acontecer, pois a realidade impõe a participação massiva de todos os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios nas conquistas por aumentos salariais e na luta contra a opressão.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Greve e o Poder Judiciário: a parcialidade de um dos tripés do Estado Burguês

"[...] os empregados dos Correios prestam serviço público essencial e de relevância social." (João Oreste Dalazen, vice-presidente do TST)

A primeira vista imaginamos que o ministro João Dalazen vai de encontro ao pior salário da esfera federal, já que seria inadmissível que trabalhadores que prestam serviço público essencial e de relevância social, ganhem tal remuneração.

No entanto, ele diz isso para impor a presença de no mínimo 30% aos postos de trabalho, e ainda ameaça com a pena de uma multa diária de R$ 50 mil por unidade, caso não seja cumprido essa exigência.

Nenhuma confiança no Estado Burguês: Poder Judiciário, Poder Executivo e Poder Legislativo!

Apenas a força da organização e mobilização dos operários e das operárias é capaz de mudar as condições de sobrevivência dos explorados e oprimidos!